THIAGO MONTEIRO PAIVA

Uso sexualizado de substâncias: Chemsex
O uso sexualizado de substâncias -Chemsex- é o uso intencional de substâncias psicoativas para facilitar, intensificar ou prolongar encontros sexuais entre pessoas. O termo é mais usado em referência a práticas observadas sobretudo entre alguns homens que fazem sexo com homens (HSH) e pessoas trans, mas não se limita a esses grupos. A consulta de psicologia clínica para problemas de chemsex é indicada para quem faz um uso de substâncias que causa problemas no trabalho, relações ou outros aspectos da saúde. Também para quem tem dificuldades em controlar o uso ou episódios de consumo maior do que o desejado, frequentemente associados a sentimentos persistentes de vergonha, ansiedade, depressão ou sintomas psicóticos.
Mais informação:
As substâncias frequentemente usadas em contexto de chemsex são:
-
-
Metanfetaminas (crystal meth)
-
GHB/GBL
-
Mefedrona e outras Catinonas (2, 3, 4-mmc, Alpha)
-
Cocaína
-
MDMA/ecstasy (menos frequentemente)
-
Ketamina (ocasionalmente)
-
As abordagens terapêuticas para o abuso de substâncias podem passar por metas diferentes, como a abstinência total e prevenção de recaída, ou a redução de riscos e minimização de danos.
A redução de riscos e minimização de danos aplicada ao chemsex refere‑se a um conjunto de práticas, estratégias e serviços voltados a diminuir as consequências físicas, sexuais e psicológicos associados ao uso de substâncias em contextos sexuais, sem exigir abstinência como condição prévia. O foco é pragmático e não‑julgador: aceitar que o consumo ocorre e trabalhar para torná‑lo o mais seguro possível para indivíduos e comunidades.